domingo, 28 de agosto de 2011

Doutor Sócrates fala sobre internação e problemas com álcool



O ex-jogador Sócrates deixou o hospital Albert Einstein no último sábado, em São Paulo, após nove dias recuperando-se de uma hemorragia digestiva. Em suas primeiras palavras após a alta médica, o ex-jogador do Corinthians e do Botafogo-SP confessou que foi dependente de bebiba alcoólica.
- Eu pago pelo problema. Bebia um pouquinho de manhã, depois à tarde... Trabalhando, eu tomava uma garrafa de vinho o dia todo. Se não tivesse a garrafa, não mudaria nada pra mim, mas era um hábito. Era a minha companhia, como o cigarro. Eu sou dependente de cigarro, do hábito de fumar - conta Sócrates, em entrevista exclusiva ao Fantástico.
Internado, ele correu sério risco de morte. As primeiras horas no hospital foram as mais delicadas. O "Doutor" chegou caminhando, com uma hemorragia digestiva e o sucesso do trabalho dos médicos evitou a morte do ex-jogador, hoje aos 57 anos.
- Os médicos disseram que ele tinha perdido muito sangue, e que iriam tentar fazer o máximo para segurar a vida dele, mas que poderia ser difícil - lembra a esposa Kátia Bagnarelli, emocionada.
Um catéter, ou pequeno tubo, foi usado para fazer o sangue circular na região atingida pela hemorragia. 
- O fígado fica todo inflamado e não deixa passar nada. É como se fosse uma bomba de sangue represado, e ele vai ter de explodir em algum lugar. No meu caso, explodiu no estômago - explica o ex-jogador.
Sócrates não esconde que o problema no fígado foi causado pelo uso constante de álcool e pelo descuido com a sua saúde nos últimos anos.
- Fundamentalmente (o problema é causado) por alcoól. Eu não tenho hepatite B, hepatite C, que são duas outras causas de lesões semelhantes. É uma lesão que não é tão grave, mas é localizada em áreas bem sensíveis do fígado - completa.
Passado o susto, Sócrates sabe que, a partir de agora, não pode mais colocar uma gota de álcool na boca. Além disso, vai precisar reeducar alguns hábitos alimentares, além do acompanhamento médico frequente.
- A abstinência vai ser total pra mim daqui pra frente. Mas, em seis meses, acho que meu fígado pode reunir condições de se equilibrar totalmente para que eu não tenha mais esse problema, para o resto da vida - avisa ele, que emenda:
- É nessas horas que a gente se reconhece, que a gente cresce. Saio muito mais forte, muito maior e com mais compromissos e responsabilidades que eu tinha antes.
Fonte: Globo.com